Se fossem empilhados, recortes de jornal noticiando casos de feminicídio, violência sexual, agressão, tortura e tentativa de homicídio contra elas alcançariam o teto. Foi sobre este triste e vasto material, composto por centenas de horas de vídeos de reportagens televisivas e milhares de páginas impressas que um grupo de pesquisadores da Rede de Observatórios da Segurança se debruçou para produzir o relatório ‘A dor e a luta: números do feminicídio’.

 

A morte de mulheres pela condição de serem mulheres é fruto de uma tradição que as enxerga como propriedade dos maridos e constrói como ideal de feminino a imagem da mulher do lar, dos filhos e obediente – um padrão reproduzido, para além dos núcleos familiares, na rua, na escola, no trabalho e no governo. Apesar dos grandes avanços da luta feminista, quem se opõe a esse modelo torna-se, na prática, alvo de repulsa, violência e até morte.

 

Os altos números analisados neste relatório mostram que, por mais que mudanças de perspectivas tenham acontecido, muitas mulheres continuam morrendo por serem mulheres. Mostram também que raramente os jornais adotam um recorte étnico-racial das vítimas.

Baixe aqui o relatório:

A DOR E A LUTA_NÚMEROS DO FEMINICÍDIO 2021

 

Fonte: Rede de Observatórios da Segurança / CESeC.

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