Por Leandra Rajczuk Martins
Instituto de Estudos Avançados (IEA / USP) – Data: 19 de agosto, às 15h. Evento online gratuito e aberto ao público (não requer inscrição) com transmissão ao vivo pela internet:
Partindo do princípio de que “enquanto houver racismo, não haverá democracia”, o Grupo de Pesquisa Direitos Humanos, Democracia e Memória (GPDH) do IEA, realiza no dia 19 de agosto (sexta-feira), às 15h, o evento “Construção, Desmonte e Reconstrução das Políticas de Igualdade Racial no Brasil”, sob a coordenação de Bel Santos Mayer.
Trata-se de uma continuidade ao “Ciclo de Memórias de Construção e Desmonte das Políticas de Direitos Humanos no Brasil”, projeto iniciado em 2021 com a proposta de ser um espaço de diálogo com secretários, secretárias, ministros e ministras que ocuparam as Secretarias dos Direitos Humanos nas suas diferentes formações institucionais até o governo de Dilma Rousseff.
De acordo com os organizadores, a urgência do debate justifica-se por pelo menos dois caminhos. “Primeiramente, por razões históricas, há que se reconhecer a necessidade da priorização das questões raciais no Brasil, da assunção do compromisso ético de reparação histórica para com a população negra que viveu e ainda vive, sistematicamente, os deletérios efeitos advindos dos mais de três séculos de exercício de uma política escravocrata, logo violenta, exterminadora e desumanizante, atualizada constantemente pelas malhas do racismo estrutural brasileiro”.
Em seguida, por razões políticas e de memória político-institucional. Segundo o grupo, há uma preocupação “candente” que assola o País na medida em que se acompanha “o retrocesso oferecido às políticas antirracistas e de promoção da igualdade racial no transcorrer das últimas gestões federais no país”.
Os pesquisadores também apontam que, mais recentemente, “tais políticas vêm sofrendo significativos ataques, expressos através de ações como a não problematização das desigualdades raciais, o sucateamento, os cortes orçamentários e o congelamento deliberado, enfraquecendo aparelhos importantes para a luta antirracista no cenário brasileiro”.
Fonte: GPDH / IEA / USP.