Djamila Ribeiro, mestre em filosofia política, afirma que recentemente foi convidada a ser vice na chapa de Jilmar Tatto (PT) à Prefeitura de São Paulo, mas recusou o convite. “Fui obrigada a declinar por estar envolvida agora com uma série de projetos que me impedem de participar de uma campanha política”, disse à coluna.

A campanha de Tatto busca uma mulher negra para compor a chapa e tem como meta definir esse nome até a convenção, marcada para 12 de setembro.

Petistas próximos a Tatto, porém, acham difícil conseguir um nome até lá. Carmen Silva, coordenadora do Movimento dos Sem-Teto do Centro, é uma das mais cotadas hoje.

Já o convite a Djamila foi uma atitude impensada: ela não é filiada ao PT e, portanto, mesmo que aceitasse, não poderia concorrer. A lei eleitoral obriga que o candidato esteja filiado ao partido desde abril. Djamila foi secretária-adjunta de Direitos Humanos na gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo.

Djamila afirmou ainda que não tem opinião formada sobre apoiar Tatto ou Guilherme Boulos (PSOL), que tem conquistado nomes historicamente ligados ao PT. Para a mestre em filosofia, o cenário eleitoral em São Paulo ainda está em aberto e pode haver alguma união no campo da esquerda.

“Estou aguardando se vai haver essa união, está tudo muito aberto ainda. Quando as coisas estiverem mais concretas, fica mais fácil declarar o apoio. Acredito que esse é o caminho: união de nomes de esquerda”, afirmou. Djamila pregou ainda campanhas participativas, que sejam construídas com mulheres negras, no campo da esquerda.

 

Fonte: Painel/Folha de S.Paulo

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