Assista USP – Yanomamis: o extermínio de um povo

Justiça para o povo Yanomami

Por Eliane Brum

O genocídio Yanomami, que Sumaúma denunciou em 20 de janeiro, precisa ser chamado do que é: genocídio. Nomear é o primeiro passo para que os autores sejam julgados e responsabilizados. Os dados que apuramos apontam para 570 crianças com menos de 5 anos mortas durante o governo Bolsonaro por causas evitáveis: diarreia, desnutrição, malária, verminoses etc.. Quase certamente é bem mais, porque o território sofre também um apagão estatístico. Isso não é fatalidade, não é tragédia, não é drama. É genocídio. Para esse crime, há leis no Brasil e no sistema penal internacional. Jair Bolsonaro e ministros de seu governo devem ser julgados por genocídio dentro e fora do país, para que, como diz a jurista Deisy Ventura em seu artigo, esse seja o último. Não basta, porém, deixar isso a cargo do governo e das instituições. É preciso que toda a sociedade, todos os grupos, de todos os Brasis se juntem para exigir o julgamento dos responsáveis. Doar recursos e alimentos é importante, oferecer-se como voluntária/o na Força Nacional do SUS é importante, mas não é suficiente. Precisamos — todas, todos, todes — nos engajarmos na luta por justiça. Precisamos não apenas porque é a única atitude ética diante de um genocídio, mas também por nós. Se deixarmos mais um genocídio passar, não haverá país nenhum.

 

Leia o dossiê sobre o genocídio Yanomami

 

Forças Armadas no governo Bolsonaro deixaram de agir na Terra Yanomami em sete ocasiões | Combate Racismo Ambiental

 

🛡️🏹 Operação Escudo Yanomami começou

Presidente Lula assinou decreto com medidas de auxílio aos e para expulsar garimpeiros do território indígena Yanomami. O decreto, fazendo menção ao artigo 303 da Lei nº 7.565, que dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica, prevê, em última instância, a destruição (isto é, o abatimento) de aeronaves que não respeitarem a ordem de pouso quando forem notificadas. A Força Aérea Brasileira passa a controlar, a partir de 01/02/2023, o espaço aéreo das Terras Yanomami em Roraima.

O Garimpo ilegal põe em risco ao menos 13 mil indígenas Mundurukus e Kayapós, além de 28 mil Yanomamis.

https://www.poder360.com.br/brasil/fab-inicia-controle-do-espaco-aereo-yanomami/

 

Fonte: Sumaúma, USP, Poder 360, Combate Racismo Ambiental.

 

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